7 tipos de investimentos melhores que a poupança
A poupança é o investimento mais conhecido do país e tido como o mais seguro, mas existem diversos tipos de investimentos melhores no sentido de serem de baixo risco e oferecerem retornos muito melhores.
Para qualquer perfil de investidor, tanto na renda fixa quanto na variável, há aplicações para curto e longo prazo seguras e que entregam rentabilidade real muito mais interessante. Basta que o investidor conheça as opções do mercado financeiro e conte com uma boa assessoria para tomar as melhores decisões.
Então, dê o primeiro passo e veja alguns detalhes de sete opções de baixo risco e que prometem bons rendimentos.
1. Letra de Crédito Imobiliário (LCI)
A LCI é um investimento de renda fixa que pode ter a rentabilidade baseada em juros pós ou prefixados. Na modalidade de juros prefixados o investidor conhece a taxa de seus rendimentos logo na contratação, recebendo-a no momento do resgate independentemente de oscilações do mercado financeiro ou da economia. Já no modelo de juros pós-fixados a rentabilidade fica atrelada ao um referencial, como a taxa do Certificado de Depósito Interbancário (CDI), sendo conhecida com exatidão apenas na liquidação da aplicação.
Uma das grandes vantagens de investir na LCI é a isenção do imposto de renda sobre os rendimentos, percentual que fica entre 15% e 22,5% do lucro dos investimentos que são tributados. Outro ponto positivo da LCI é que ela é assegurada pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC) em até R$ 250 mil para cada CPF por instituição financeira, mais uma característica que faz esse investimento ser de baixo risco.
Em 2018, no acumulado, o CDI ficou em 6,4%, e normalmente as LCIs pós-fixadas pagam entre 90% e 100% do CDI. Já para as aplicações prefixadas é possível contratar rendimentos maiores do que o percentual do último ano da taxa CDI. Enquanto isso, a rentabilidade acumulada da poupança em 2018 foi de somente 4,68%.
No mesmo ano, a inflação acumulada chegou a 3,75%, deixando a poupança com rendimento real de 0,89%. Agora, se aplicarmos a inflação sobre a LCI, temos rendimentos reais mínimos de 2,55%, o que é mais que o dobro da poupança.
2. Letra de Crédito do Agronegócio (LCA)
Enquanto os recursos captados pela LCI servem para o financiamento do setor imobiliário, a captação feita pela LCA gera recursos para financiamento do agronegócio. No mais, existem diversas semelhanças entre as Letras.
A forma como os rendimentos da LCA ocorrem é muito parecida com a da LCI. Então, a comparação que fizemos acima entre as rentabilidades de LCI e poupança pode ser utilizada também para a Letra do Agronegócio. Outra semelhança muito interessante que a LCA tem com a LCI é o fato de ser isenta de imposto de renda e contar com a segurança do FGC.
3. Certificado de Depósito Bancário (CDB)
O CDB é mais um dos tipos de investimentos da renda fixa que pode ter a sua rentabilidade gerada por taxas pós ou prefixadas. E como nas Letras de Crédito, quando a taxa de juros é pós-fixa se tem o CDI com indicador para os rendimentos. Logo, também é um investimento do qual pode se esperar retornos melhores que os da poupança.
Mais uma semelhança do CDB em com LCI e LCA é o fato de essa aplicação também ser segurada pelo FGC. Ou seja, além de ser uma opção de baixo risco, oferece garantia aos investidores em ocorrências inesperadas, como liquidação ou falência da instituição financeira.
Agora, temos uma diferença entre o CDB e os demais investimentos citados até então: o CDB é tributado pelo imposto de renda. De acordo com a tabela regressiva, a incidência do tributo ocorre da seguinte forma:
- 15% de imposto sobre o lucro para resgates feitos após 720 dias;
- 17,% de imposto sobre o lucro para resgates feitos entre 361 e 720 dias;
- 20% de imposto sobre o lucro para resgates feitos entre 181 e 360 dias;
- 22,5% de imposto sobre o lucro para resgates feitos em até 180 dias.
4. Títulos do Tesouro Nacional
Os títulos públicos do Tesouro Nacional estão entre os investimentos mais seguros do mercado financeiro brasileiro mesmo que não sejam assegurados pelo FGC, pois o governo federal historicamente é bom pagador para os detentores de seus títulos.
Atualmente existem títulos pós, prefixados e indexados, que devem ser mantidos pelo investidores até o vencimento para que gerem os rendimentos que prometem. Por isso, e pelos vencimentos serem distantes, o Tesouro é indicado para investimentos a longo prazo.
As opções na modalidade IPCA+ têm a rentabilidade formada por um indicador de mercado mais um percentual. Por exemplo, o título Tesouro IPCA+ com vencimento em 2045 atualmente tem sua rentabilidade formada pela porcentagem do IPCA mais 3,65%. Quanto aos títulos prefixados, apenas contam com uma taxa de rendimento ao ano, como os 7,14% do Tesouro Prefixado 2025.
5. Letra de Câmbio (LC)
As financeiras que emitem as LCs oferecem três formas de rentabilidade: por juros pós-fixados, prefixados e juros híbridos. Os dois primeiros são os que já explicamos aqui, e o terceiro é uma junção deles. Por exemplo, uma taxa de juros híbrida pode ser um percentual de 4% somado à porcentagem definida pela variação do IPCA no momento da liquidação da aplicação.
Em comparação com as demais opções da renda fixa, a Letra de Câmbio oferece ganhos mais expressivos. Isso porque os emissores, financeiras de crédito pessoal e de bens, não têm a mesma credibilidade de bancos comerciais e do governo federal, motivo pelo qual teoricamente apresentam mais riscos e, por isso, também oferecem rendimentos maiores. Porém, isso não tira da LC o status de investimento de baixo risco, pois ele também é assegurado pelo FGC.
6. Fundos de investimento
Um fundo de investimento funciona como um condomínio de investidores que adquirem quotas de investimento do total disponível, diversificam aplicações e diluem custos entre o grupo. Como os fundos são administrados por gestores profissionais, e não pelos próprios investidores, eles oferecem grandes possibilidades de diversificação e até de aplicação em opções um pouco mais arriscadas e com potencial de gerar lucros mais expressivos.
Por exemplo, entre os tipos de fundo classificados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) temos o fundo de ações e os multimercados. O primeiro exige que pelo menos 67% do capital seja investido em ações da bolsa de valores, podendo o restante estar em opções menos arriscadas. Já nos fundos multimercados o gestor tem liberdade para aplicar em vários mercados, como renda variável, juros, câmbio e offshore.
7. Previdência privada
A previdência complementar é um investimento voltado à garantia de uma aposentadoria tranquila, mas não trata-se apenas de poupar dinheiro em um plano de previdência para resgate futuro.
Todo plano de previdência privada é ligado a um fundo de investimentos que gera rentabilidade ao investidor. Então, lá na frente o investidor pode fazer um saque único, ter uma renda mensal temporária ou ter uma renda mensal vitalícia, valores acrescidos aos rendimentos do fundo atrelado à sua previdência. E enquanto o plano não é liquidado, o ganho ocorre com deduções no imposto de renda de acordo com os depósitos feitos.
Agora, analise quais desses tipos de investimentos têm mais a ver com seu perfil e seus objetivos para entender como eles podem ajudá-lo na conquista de suas metas para diferentes prazos. E se ainda tiver alguma dúvida sobre eles, deixe para a gente nos comentários.